
Cobri dois dias de trabalho no estágio de Rosana para ela poder assistir a um Congresso de Penal
Em cada mãe ou pai que ligava, interessados em inscrever seus filhos para a próxima avaliação lá na FAMFS, era perceptível a entonação de orgulho em suas vozes; e em cada menino que me perguntava “o que eu faço para me inscrever?”, numa ansiedade latente, eu podia até visualizar olhinhos brilhando na expectativa da realização de um sonho: serem verdadeiros jogadores de futebol. Fico imaginando meus meninos do Astro passando por isso... Até imagino alguns desses meninos como futuros jogadores do Astro. Não, esqueçam, só estou sonhando mesmo. Embora sonho seja algo essencial para se viver.
Sei que muitos retornarão tristonhos da avaliação, pensando se desistem ou não dos seus sonhos. Se vale a pena apostar em algo tão incerto quanto o futebol...
Voltei hoje pra casa, no segundo e último dia de trabalho, com o coração apertado, e nem sei explicar o porquê. Foi como se eu deixasse os meninos e o futebol por lá, no escritório, largados, esquecidos... A casa me recebeu com um silêncio quase palpável. Depois, o tic-tac do relógio da sala passou a me incomodar. Olhei para o sofá e vi dois livros de Processo Civil largados. Entendi o recado.
Um comentário:
Dani,
enquanto os marmanjos do blog simplesmente desaparecem, seus textos são ainda um bom motivo para as visitas. Muito bons, parabéns.
Abração.
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