Ochoa, Sanchez, Sebá e Rodriguez. Camisa com o número 1000 às costas e noite de autógrafos diante de 50 mil torcedores. Volta olímpica num Maracanã afeito ao desastres inconcebíveis. Flashes antecipavam a vitória fácil e certa. Festa do bi campeonato carioca intercalada com a goleada no jogo de ida pelas oitavas da Libertadores. O adversário estava morto, humilhado em casa, na altitude mexicana: 4 a 2. O próximo a ser superado era o Cúcuta ou Santos, com clara preferência pelo primeiro, claro. Joel parecia constrangido com tantas homenagens e, na preleção, disparou a senha, "futebol não é brincadeira. Vamos ganhar o jogo". O que era o América? 20 minutos do primeiro tempo. Cabañas 1 a 0.
Castro, Silva, Villa, Argüelo (Mosqueda) e Rojas. Fundado em 1920, o América do México ficou em último lugar no Torneio Clausura deste ano. Classificou-se para enfrentar o Flamengo com uma campanha de extremos: três vitórias e três derrotas. Sofreu 10 gols e marcou outros 10. O time com clara aversão aos empates, ampliaria aos 38 minutos, primeiro tempo. Esqueda 2 a 0. Era o fantasma do imponderável sendo gerado diante dos olhos da torcida, auto-suficiente na sua fé e na certeza do gol. Gol que não viria.
Esqueda e Cabañas (Higuaín). Técnico: Antonio Luna. O placar mais "perigoso" do mundo era facilmente reversível. Bastava um chute qualquer de Juan, uma trombada de Souza, um tiro de longa distância de Ibson. O goleiro Ochoa deu uma de Gordon Banks, espalmando uma cabeçada fatal para escanteio. Aos 32 do segundo tempo, Cabañas, o Gighia da vez, faria o terceiro. Em seguida, a corrida atabalhoada de Bruno, ainda acreditando corrigir o incorrigível. Era o Maracanazzo particular de Joel num estádio acostumado à mudez inesperada. Com a África do Sul à espera do Sr. Ninguém, pior seria se tivesse perdido o título para o Botafogo. Caio Júnior saiu do estádio com um calafrio na espinha.
Foto: Arquivo / AE
Castro, Silva, Villa, Argüelo (Mosqueda) e Rojas. Fundado em 1920, o América do México ficou em último lugar no Torneio Clausura deste ano. Classificou-se para enfrentar o Flamengo com uma campanha de extremos: três vitórias e três derrotas. Sofreu 10 gols e marcou outros 10. O time com clara aversão aos empates, ampliaria aos 38 minutos, primeiro tempo. Esqueda 2 a 0. Era o fantasma do imponderável sendo gerado diante dos olhos da torcida, auto-suficiente na sua fé e na certeza do gol. Gol que não viria.
Esqueda e Cabañas (Higuaín). Técnico: Antonio Luna. O placar mais "perigoso" do mundo era facilmente reversível. Bastava um chute qualquer de Juan, uma trombada de Souza, um tiro de longa distância de Ibson. O goleiro Ochoa deu uma de Gordon Banks, espalmando uma cabeçada fatal para escanteio. Aos 32 do segundo tempo, Cabañas, o Gighia da vez, faria o terceiro. Em seguida, a corrida atabalhoada de Bruno, ainda acreditando corrigir o incorrigível. Era o Maracanazzo particular de Joel num estádio acostumado à mudez inesperada. Com a África do Sul à espera do Sr. Ninguém, pior seria se tivesse perdido o título para o Botafogo. Caio Júnior saiu do estádio com um calafrio na espinha.
E, enfim, Tardelli e Obina colocaram os pés no chão.
Tom Correia
Foto: Arquivo / AE
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