domingo, 17 de fevereiro de 2008

Bahia x Fluminense de Feira, no Jóia da Princesa: eu fui.

Quase não pude ir pra esse jogo de hoje, por diversos motivos: sono e cansaço, por ter chegado cinco horas da manhã de hoje de uma formatura e acabar acordando nove e meia; a chuva que caiu aqui em Feira; e as minhas obrigações estudantis, como sempre. Mas acabei indo, com Rosana, Eva e seu pai. O interessante é que eu e Rosana detestamos o Bahia e fomos mais com a intenção de torcer para o Fluminense. Já Eva e seu pai torcem para o Bahia, então foi uma situação engraçada ficarmos ali, em plena torcida do Bahia, mas torcendo para o Fluminense...

Eu até poderia falar sobre o jogo, mas ele foi tão feio, tão feio, que vou tratar aqui apenas dos bastidores. Só para constar: o Bahia ganhou de dois a zero, mas o time está péssimo e, pra falar a verdade, se o Fluminense não perdesse tantos lances no primeiro tempo e o seu goleiro não tomasse aquele frango no segundo gol do Bahia, teria tudo para ganhar o jogo. Mas o time é ruim demais, pô!

Então, tratando das diversas situações que aconteceram nesse jogo, em primeiro lugar, cito “Seu Zé Coisinha”. Eu estava lá com as meninas e o pai de Eva, sentadinha, bonitinha, quando surge essa figura. Primeiro que ele se achava o técnico do Bahia, ou melhor, ele se achava O TÉCNICO. Tinha apenas uns três dentes, sei lá, estava sem camisa, cuspia quando falava, e já estava cheio da cachaça. Lançava pérolas como “Já viu água quebrar osso?”, dizia que tinha sido “artileiro” e azucrinava o tempo todo um cara lá que tinha jogado no Bahia antigamente e cujo nome esqueci agora. E como eu pareço ter sorte pra esse tipo de coisa, o cara resolveu invocar comigo. Começou a me futucar, e quase me fez perder a paciência numa hora lá. Só depois que eu falei um “porra!”, um “caramba, pare de me tocar e me deixe assistir ao jogo em paz!”, e depois de Eva também reclamar, é que ele se aquietou um pouco. Mas em resposta disse cinicamente que isso era da "natureza"... Natureza?! Juro que não entendi nada do que esse maluco quis dizer com isso. Deixa pra lá...

O jogo foi marcado por algumas confusões: a das pedras lançadas pelo pessoal do lado de fora do estádio em direção à torcida do Bahia e o tumulto que envolveu dois estressadinhos na parte da Tribuna, pertinho de onde estávamos. Mas também foi marcado por coisas engraçadas, como a queda do gandula que, de tão afobado em pegar uma bola que estava entrando de modo inoportuno no campo, escorregou, caiu como uma jaca e foi alvo de risadas por toda parte – foi o “bola murcha desse domingo”, como disse Eva. Ah, teve ainda aquele louco, torcedor do Bahia, que gritou "É pênalti, é pênalti pro Bahia!", quando a falta sofrida pelo jogador tinha sido quase no meio do campo. E depois dizem que são as mulheres que não entendem de futebol...

O lado meio tragicômico do jogo ficou com o momento em que parte da torcida pulou tanto que o degrau em que eu estava tremeu todo. Pensei que ia cair tudo... Putz, juro que meu coração deu uma paradinha nessa hora...

E tudo isso aconteceu na minha primeira vez lá no Jóia.


Este post é dedicado às minhas companhias futebolísticas do jogo de hoje: Rosana, minha futeboleira favorita, colega e amiga sem igual; Eva, que conheci através de Rosa há pouco tempo, mas que já tenho um carinho especial; e seu pai, que foi quem nos deu a carona e sem o qual não teríamos presenciado esse jogo – feio, mas pelo menos foi “ao vivo”, né?

(Daniela Rodrigues, desculpando-se pelo post lonnnnnnnnngo...)

2 comentários:

Anônimo disse...

De tudo, de tudo, o técnico Seu Zé Coisinha roubou a cena. "Artileiro é artileiro" e, quanto à Natureza, desconfio sobre o que ele estivesse falando...rsrsrs... Faltou uma fotozinha, Dani. Na próxima, leva uma câmera pra registrar as tais figuras feirenses...

Anônimo disse...

Tom,
no início, eu também achei que ele estivesse falando algo desse tipo (rs), com relação à "Natureza", mas depois dele tanto repetir isso com aquela cara de doido dele, desconfiei que era algum código secreto dos bêbados...

Pois é, faltou a foto, mas na próxima eu tiro uma, tá? O que não falta aqui em Feira são figuras como essa para serem registradas...

Beijo, querido!