quarta-feira, 31 de outubro de 2007

COISAS DO BRASIL

1 O Brasil venceu uma concorrência da qual somente ele participava. E o anúncio do resultado foi cercado de grande expectativa. O repórter da Globo, brilhante por sinal, indagou do presidente Lula se ele estava confiante. O presidente disse estar confiante e, em seguida, entrou na sede da Fifa em Zurich, seguido de uma dezena de governadores, de outra de autoridades esportivas, de outra de jornalistas, de outra de fotógrafos, de outra de penetras. Todos brasileiros, pois a notícia só interessava à CBF e à Rede Globo. O resto do mundo já sabia que o Brasil seria o escolhido desde o momento em que conseguiu, suspeitosamente, ser o único candidato. Gastou-se milhares de dólares públicos e privados, limpos e fedorentos, para se acompanhar algo inédito e de todos sabido. Um ET ficaria perplexo com a pantomima. Paulo Coelho garantiu ter visto pessoas discuntido futebol durante 5 horas, mas jamais viu discutirem sexo por tanto tempo. Não sei em que mundo ele vive. Talvez tenha presenciado o fato no Irã, sei lá, na Groelândia. Eu tive náuseas o dia todo. E vomitei quando vi e ouvi o presidente Lula garantir a Blatter que o povo brasileiro tinha bom comportamento. Ele deve agradecer a Deus por isso todos os dias. Agora se seguirá a farra da gastança inominada do nosso dinheirinho.

2 A seleção brasileira sub-15 venceu a do Peru por 1 x 0, mas perdeu por 3 x 0. Absurda a frase? Não, absurdo o fato. O Brasil venceu mas teve sua derrota decretada depois, pelo inacreditável fato de ter o nosso técnico, Jorge Qualquer Coisa, efetuado 4 substituições durante a partida. Quatro! IV! Four! Quatre! Cuatro! *]#@! Ora, o árbitro deveria ter sua licença cassada. O quarto árbitro também. Os auxiliares, idem. E também toda a comissão técnica e jogadores brasileiros que estavam em campo e no banco de reservas. Creio que a competição, que eu desconhecia, também deveria ser cassada do calendário. Onde acontece esse tipo de coisa, pode acontecer até... ó, deixa pra lá.

3 Luto para não me dedicar à análise do poder que a Fifa ostenta em nossos dias. Não é preciso conhecer números, volume de transações, nomes de envolvidos, para firmar entendimento que por trás de Blatter há um grupo de homens poderosos, com gabinete no topo de empresas do ramo de bebidas, material esportivo, engenharia civil, transporte e turismo. E nosso presidente Lula achando que sua presença em Zurich teria alguma importância. Ouso dizer que nenhum dos presentes naquela solenidade goza ou exerce qualquer poder. Da mesma forma que a Fifa, governos também são comandados por aqueles que atuam na sombra, água fresca e charutos sofisticados, que costumam apagar no traseiro do povo.


CB, na noite negra.

2 comentários:

Anônimo disse...

“Paulo Coelho garantiu ter visto pessoas discutindo futebol durante 5 horas, mas jamais viu discutirem sexo por tanto tempo.” E garantiu também que a emoção do futebol era maior que a do sexo. Sei lá, né, vai ver que, pra ele, as coisas estão mais difíceis agora...
Essa cerimônia, solenidade (ou seja lá o que for) da escolha do país que irá sediar a Copa de 2014 foi uma piada. Assim que começou, me levantei do sofá e fui fazer qualquer outra coisa construtiva. Ganhei mais.

E que história é essa da seleção sub-15? Nem soube disso... Inacreditável, sem dúvida.

Para Tom: Bem, bem... São Paulo é campeão! Novidade?! Mas, parabéns de qualquer forma. Ao menos um de nós dormirá bem hoje. Porque eu...

Futeboleiros disse...

Na verdade, o Brasil ganhoupor WO... "Coelharadas" para aliviar as dores, que não são poucas. Eu, Mayrant.