
Em 1923, o Flu (RJ) veio disputar um amistoso em Salvador, no campo da Graça. Pela foto se vê que ali havia bom futebol. Nem um pouco profissionais, os jogadores queriam mais era se divertir, como se estivessem no recreio da escola. A pose para a fotografia não mente. Todo mundo muito relaxado. Era o tempo em que o cavalheirismo era tanto, que o mesmo Flu não foi a campo disputar uma final contra o América porque o adversário não estava em condições; então, apesar do direito do WO, marcou-se outra data para a partida. Mas veio o profissionalismo, cuja culminância criou Luxemburgos enfatiotados, com mais casca que estofo, empresários das arábias, exclusividades globais, proprietários particulares da Seleção Brasileira (o que me obriga a torcer pela Itália, França, Romênia, Hungria e R. Tcheca, a cada mundial), a defesa ostensiva (na mídia) do futebol paulista em detrimento dos demais, em especial do RJ, e juízes vendidos, artilheiros a cada rodada, que tiram o título de um clube e entregam a outro, por dinheiro, sem nenhum temor ou vergonha (vide o Brasileirão de 2005). O resultado mais extremoso (como se dizia antigamente), todos conhecem, embora ainda não completamente: o Campo da Graça já não existe, o Ipiranga já não existe, Leônico, Galícia, Bangu e América (RJ) estão nos últimos suspiros, o Fluminense F. C. é uma caricatura de sua história e, quanto ao futebol, também ele aos poucos vai deixando de existir... Um dia só restarão as lembranças. Ou melhor, nem estas. (por Mayrant Gallo). A foto foi uma cortesia de Sérgio Cajuí (Sebo Brandão).
2 comentários:
Ave, Gallo!
Bom saber que você não perdeu sua verve, amigo. Ótimo retorno, belo texto ilustrado por rara imagem. Vida longa a todos nós. Se a Katherine quiser integrar o elenco, será muito bemvinda.
Grande abraço.
p.s. O Líder está em reformas, creio que você já saiba disso.
Só pra dizer que ainda estou viva... rs
Mayrant, que bom que voltou. Fico feliz.
Meninos, adoro vocês!
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