ESPANCANDO O PAN - II

"Terezinha!!!!"

Não entendo os jogadores do vôlei lembrando compromisso ao Ricardinho de estarem juntos em Pequim. Depende dele? Não foi cortado para o bem do grupo? Alguém aí, além do Giba, acha que ele vai voltar depois do ouro de hoje? Pensando bem, se ele desistir de publicar o livro...

Os moradores de uma favela do Rio entregaram à polícia todo o equipamento e uniformes que haviam sido furtados da delegação do Haiti. Por medo da polícia subir o morro. É, o Haiti é aqui. O pior dessa história, que o Tom citou em post anterior, é que esse material originalmente era para ser (ou foi) doado à delegação do Haiti. Fiquei sem saber com que uniforme e equipamento os haitianos disputaram suas provas. Ou será que não disputaram? Alguém viu um haitiano por aí?

E a famigerada Globo comemorou o comportamento olímpico da torcida hoje no Maracanãzinho. Estou torcendo para que a ausência de vaias tenho sido por conta da fragilidade do time americano, diante do jogo perfeito dos meninos do vôlei.

Se eu tivesse ido ao Pan, podem ter como certo que estaria preso à esta altura dos jogos. Incomunicável. Porque teria esgoelado, um a um, aqueles animadores de torcida. Eu que pensava que a carnavalização era algo intrínseco ao soteropolitano! Jamais vi coisa tão irritante, tão estressante. Os jogadores não conseguiam ouvir orientação dos treinadores e os educadores da Globo nem aí pro assunto. Se bem que, no caso dos brasileiros e dos venezuelanos, isso deve ter sido positivo, agradável mesmo...não ouvir os gritos dos treinadores, bem explicado. Tenho a sensação de que, se os paulistas não se cuidarem, no próximo festival de inverno de Campos do Jordão, em torno de música clássica, eles, os tais animadores aparecerão por lá: "E aí galera!!!! Mãos pra cima, todo mundo sacudindo, que vem aí o "Quarteto de Câmara de Campinas!!!! É demais, é demais, Mozart na cabeça!! Pan-pan-pan! Pan-pan-pan! Moooozaaaart!".

É isso aí: Cuba disparou na frente! Partiu agora à noite, quase à sorrelfa, por ordem direta de Raul Castro, que temia deserção total da delegação, à exceção das meninas do vôlei, por motivos óbvios. Deve ser uma maravilha viver em um paraíso comunista. Mayrant acertou na mosca: as meninas do vôlei têm lá suas razões para agir como agem em quadra. Experimentam seus quinze minutos de...liberdade.

Despeço-me - por hoje, tenham calma! -, com o grito-exaltação mais porreta do Pan: "Orlando! Orlando! Orlando!", que saiu de quadra coberto de glória, como o atleta amador mais amador dos jogos. Grande figura! Imensa, mesmo.

(CB)